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O VAZIO TALENTOSO DE WADO

Um dos melhores trabalhos de 2013, Vazio Tropical é cheio de beleza.

20 ANOS DE DESCOBRIMENTO DO BRASIL

20 anos de um dos melhores álbuns da banda e de um Brasil cheio de inPERFEIÇÕES.

Sinta-se sem GRAVIDADE

Um filme excelente, uma declaração de amor à Terra em imagens impressionantes.

TRIBUTO A AGENOR

Grandes nomes da música brasileira atual se unem para homenagear o grande CAZUZA!

I LUV MÚSICA ELETRÔNICA

Daft Punk lança seu RANDOM ACCESS MEMORIES e declara amor pela música eletrônica.

Tem AIR em MARS.

A jornada colorida e pop do THIRTY SECONDS TO MARS.

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O VAZIO QUE PREENCHEU


O ano de 2013 foi um ano de lançamentos memoráveis, David Bowie resurge depois de 10 anos sem trabalho inédito, o duo francês Daft Punk nos presenteia com um álbum de música eletrônica cheio de vida depois de anos sem gravações e outros vários que fizeram o ano de 2013 um ano recheado de lançamentos. Entre todos esses nomes, um se destaca, o do (catarinense e) alagoano Oswaldo Schlickmann Filho, ou simplesmente Wado.


O músico lançou em junho deste ano seu último trabalho, o "VAZIO TROPICAL". O que a princípio seria uma parceria com o produtor Kassin, que acabou não acontecendo, mas foi abraçado pelo ex-hermano Marcelo Camelo e Fred Ferreira. O álbum foi gravado no Brasil e em Portugual e teve as participações dos amigos Momo e Cícero, que fazem participações nas músicas "Flores do Bem" e "Zelo", respectivamente.

"Vazio Tropical traz uma certa melancolia", opinião do próprio, mas um frescor e preenchimento revigorantes para o cenário nacional. O disco foi lançado em São Paulo e depois percorreu cidades do Brasil como Brasília, Salvador, Belém do Pará e Maceió, com a participação especialíssima do carioca Cícero, além do Festival Vodafone em Portugual. Em todos Wado deixou sua marca e só confirmou o que meses depois seria consagrado como um dos melhores álbuns do ano.


Em praticamente todas as listas mais importantes de música do país, lá está o "Vazio Tropical" como um dos 10 melhores, além da canção "Rosa", que também se destaca, parceria com Cícero. Está nas listas do jornal O Globo, na Folha, na revista Super Interessante, na volta da extinta Bizz, lembrado no Uol e também aclamado na Europa, Tvi24 de Portugal, isso só por enquanto.

Entre composições e arranjos belíssimos e bem cuidados, um Wado maduro. Tem músicas políticas como "Cidade Grande" e (minha preferida) "Primavera Árabe", as românticas "Rosa" e "Zelo" com Cícero, a participação de Camelo em "Tão Feliz", Momo em "Flores do Bem" e a instrumental que dá nome ao disco. Um dos melhores trabalhos deste ano e se você ainda não conferiu, baixa no site oficial do cantor www.wado.com.br que está disponibilizado de graça. Além de conferir o belíssimo trabalho do videoclipe de "Rosa".



Vazio lindo.
Natan Cabral

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O DESCOBRIMENTO DO BRASIL


Há exatamente 20 anos, a Legião Urbana lança seu sexto álbum intitulado O DESCOBRIMENTO DO BRASIL. O dia 20 de dezembro de 1993 seria marcado para mim como o lançamento de um dos melhores trabalhos já realizado no rock nacional. Renato Russo e seus parceiros de banda trabalharam muito pra lançar este disco. Uma produção bem feita, letras complexas como só ele sabe fazer e eu adoro, contradições como em "Perfeição" e a composição que segundo ele, sua obra prima, "Giz". A imprensa criticou e não foi muito bem visto, levando a declarações clássicas e abusadas do compositor, mas a importância do álbum conseguiu superar as críticas.


Quando lembro de O Descobrimento do Brasil, já passados 20 anos, além de músicas lindas como "Vinte e Nove", "Love in the afternoon" e "Giz", destaco "PERFEIÇÃO". Esta canção é um paradoxo, uma trave no nosso olho, uma pedra no sapato. Perfeição exprime toda a revolta com um país que parecia não dar certo, com seus problemas, não só políticos, mas problemas do dia a dia em que eu e você também construímos para um Brasil mais desigual.

Russo descobriu um Brasil real, crú, feio e intolerante. Infelizmente se Renato Russo estivesse vivo hoje em dia encontraria o mesmo Brasil.

Pra celebrar, só me resta cantar, Perfeição.

Natan Cabral



Perfeição
Legião Urbana
Vamos celebrar
A estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja
De assassinos covardes
Estupradores e ladrões
Vamos celebrar
A estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso estado que não é nação
Celebrar a juventude sem escolas
As crianças mortas
Celebrar nossa desunião
Vamos celebrar Eros e Thanatos
Persephone e Hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade
Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta de hospitais
Vamos celebrar nossa justiça
A ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos
O voto dos analfabetos
Comemorar a água podre
E todos os impostos
Queimadas, mentiras
E sequestros
Nosso castelo
De cartas marcadas
O trabalho escravo
Nosso pequeno universo
Toda a hipocrisia
E toda a afetação
Todo roubo e toda indiferença
Vamos celebrar epidemias
É a festa da torcida campeã
Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir
Não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar o coração
Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado
De absurdos gloriosos
Tudo que é gratuito e feio
Tudo o que é normal
Vamos cantar juntos
O hino nacional
A lágrima é verdadeira
Vamos celebrar nossa saudade
E comemorar a nossa solidão
Vamos festejar a inveja
A intolerância
A incompreensão
Vamos festejar a violência
E esquecer a nossa gente
Que trabalhou honestamente
A vida inteira
E agora não tem mais
Direito a nada
Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta de bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror
De tudo isto
Com festa, velório e caixão
Tá tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou
Essa canção
Venha!
Meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão
Venha!
O amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça
Venha!
Que o que vem é Perfeição!

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

GRAVIDADE


Assisti esse final de semana o filme GRAVIDADE, com Sandra Bullock e George Clooney. Que experiência interessante, diferente, emocionante e curiosa. O filme é espetacular e tem uma direção impecável, feito do veterano diretor mexicano Alfonso Cuarón, que já trabalhou em filmes como "O Labirinto do Fauno" e "Harry Potter".

O longa enfatiza a (falta da) gravidade e toda a beleza do espaço e da Terra vista pelos olhos do diretor e que podem se tornar aterrorizante quando algo dá errado. A ausência de oxigênio, a oscilação de temperaturas extremas, o medo do vazio, tudo prendendo os personagens e o telespectador.


Gravidade ainda nos traz metáforas, como no início, onde os personagens Dra. Ryan Stone e o astronauta Matt Kowalsky tentam consertar o telescópio Hubble para ampliar sua visão. A perda da Dra. Ryan e suas questões sobre a vida. Os cordões umbilicais que nos prendem e sustentam nossas convicções. Tudo muito bem entrelaçado. Detalhe para o renascimento de Stone e sua posição fetal, uma poesia para os olhos.


O 3D é impecável e nos mostra o que esta tecnologia é capaz de fazer mesmo com um roteiro não muito elaborado e sem exageros como os filmes do gênero, mas bem feito. As cenas são incríveis e não seria possível sem os efeitos especiais que tiveram produção superior a 100 milhões de dólares. O filme chega a ser tão tenso que você sente a ausência de trilha sonora, mas o mais importante é que ela está lá, sendo coadjuvante nas cenas mais tensas. Destaque para o personagem de George Clooney, que dá um certo ar de alívio e humor nessa tensão toda, bem importante no filme.

Confira o trailer que vi a meses atrás e me enlouqueceu.


Um belíssimo trabalho, uma declaração de amor à Terra e a percepção da nossa fragilidade diante da imensidão do cosmo.

Natan Cabral

domingo, 29 de setembro de 2013

AGENOR - CANÇÕES DE CAZUZA

Que emocionante descobrir o Projeto Agenor. Um tributo ao grande Cazuza, com lados B e músicas do início da carreira repaginadas por 17 grandes nomes da música atual. Tem Wado com a linda psicodélica "Down em mim", a requebrante "Amor, amor" da Tono, SILVA e sua versão delicada pra "Mais Feliz" que é uma das minhas preferidas do Cazuza, além da contemporânea "Vem Comigo" do Mombojó.


Quem idealizou o projeto foi o Dj Zé Pedro, que é dono da gravadora Joia Moderna, que já homenageou Marina Lima, Péricles Cavalcante e Angela Ro Rô e ainda conta com a direção artística de Lorena Calabria. Nesta segunda 30 de setembro vai ao ar no canal BIS um documentário contando como foi realizado o projeto e o show de lançamento do CD, às 19h30mins. Confira abaixo todo o trabalho disponibilizado no soundcloud.

VIVA CAZUZA!



quinta-feira, 23 de maio de 2013

DAFT PUNK, I LUV MÚSICA ELETRÔNICA


No último 17 de maio, o duo francês conhecido mundialmente como DAFT PUNK, lança seu último trabalho, intitulado RANDOM ACCESS MEMORIES, ao qual mês passado tivemos a oportunidade de conhecer a fantástica faixa GET LUCKY, que tem a participação de Pharrel Williams.

RANDOM ACCESS MEMORIES é todo inspirado nos anos 70 e 80, uma declaração de amor à música eletrônica, feita de forma elegante e inovadora. Sempre fui fã de artistas que tragam a arte à tona, especialmente e de forma particular: Björk, Chemical Brothers, Prodigy, Depeche Mode, etc. Neste novo trabalho (e logo percebemos na primeira faixa GET LIFE BACK TO MUSIC) a dupla ironicamente pede a humanização da música eletrônica e a diminuição de barulhos, além de usar e abusar de elementos como a guitarra em todo o álbum, referência explícita da era ‘disco’.


GET LUCKY é dançante, envolvente e talvez seja a melhor faixa do álbum. Destaque para a curiosa GIORGIO BY MORODER, que é uma homenagem ao produtor alemão Giorgio Moroder. Na faixa o produtor faz um discurso sobre sua vida, música eletrônica e da cena. Soa como maçante, mas percebe-se toda uma construção de elementos unidos ao forte sotaque do alemão #interessante. Posso destacar ainda BEYOND, psicodélica e toda trabalhada, fica como dica.


R.A.M. prima pela qualidade e fico todo contente em por no player essa obra de arte e saber que ainda existe artistas de música eletrônica que priorizam a arte ao invés de se preocuparem com suas músicas (e remixes) tocarem “na pista”. Verdade que R.A.M. talvez não tenha o mesmo sucesso de outros álbuns, mas é um disco histórico e pra mim, já um clássico que morro de amores.

VIVA O DAFT PUNK!!

Natan Cabral

Update:
PARA BAIXAR (e comprar depois de ouvir): BAIXAR

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Tem AIR em MARS.


Thirty Seconds To Mars lança na semana passada seu mais novo (incomum) videoclipe para o single UP TO THE AIR. Este que é primeiro single do álbum que será lançado em 21 de maio de 2013. Jared Leto (vocalista da banda) usa seus conhecimentos de ator e espírito de diretor, para dirigir o clipe/curta metragem, que conta com as participações de Damien Hirst, a dançarina burlesque Dita Von Teese e ginastas americanas McKayla Maroney e Jordyn Wieber.


Com visual incomum e inspirado na pop art, Leto nos mostra um clipe rico e iconográfico. O mesmo fala em entrevista à Rolling Stones: “Esse trabalho é diferente de qualquer coisa que já fizemos”. O líder do grupo ainda classifica, “uma épica, bizarra e alucinógena jornada pelo surreal inacreditável”. O clipe ainda nos mostra referências à escola Gestalt, ao qual o todo é maior que a soma de suas partes, brincando de ilusionar. Gestalt (pra quem não sabe) é uma escola de pensamento baseado nas formas, figura e fundo, percepção, na forma de perceber. (crédito: Antony Souza).


Se Up in the air der o clima de LOVE, LUST, FAITH AND DREAMS, a banda virá com uma pegada mais pop, o que talvez decepcione alguns fãs. É esperar o que eles nos reserva, ao certo, o primeiro passo da jornada já foi dado, e de forma lúdica, artística e impactante.


Natan Cabral

sexta-feira, 19 de abril de 2013

A PRODUÇÃO DE “ARGO” E A DIREÇÃO DE “DARK ZERO HOUR”



Quando assisti esses dois longas, eu senti um misto de contentamento e decepção. Ambos me impressionaram e me decepcionaram. Já que estou levando em consideração as suas indicações ao Oscar 2013, premiação que me apresentou os dois trabalhos.


Nunca fui fã do trabalho de diretor de Ben Afleck, mas há de se parabenizar o cuidado da produção do filme que foi grandioso, bem resolvido e devidamente apresentado. O filme com um roteiro acelerado peca em alguns aspectos ao quais alguns chamariam “encher lingüiça”. Tantos aspectos sócio/culturais do Irã poderiam ser explorados, mas o filme tem um discurso tão americanizado que chega a incomodar, diante dos problemas políticos e religiosos envolvendo os dois países. “Argo” é o nome fictício de um filme criado para entrarem no Irã e realizar uma operação de resgate de diplomatas americanos, que na época virou inimigo dos Estados Unidos por dar asilo político ao Xá daquele país, acusado de atrocidades contra o seu povo e ameaçado de morte pelos mesmo.


“Dark Zero Thirty”, ou “A Hora Mais Escura” já começa a me incomodar pelo título, alguns filmes tem essa proeza comigo. Títulos à parte, é um belíssimo trabalho de Kathryn Bigelow, esta vencedora do Oscar 2011 de melhor direção por “The Hurt Locker” (ou Guerra ao Terror), que conta os meandros da investigação e caçada do maior inimigo dos Estados Unidos, Osama Bin-Laden. O filme tem uma primorosa direção, uma história contada em quase duas horas e meia, ao qual não se sente os efeitos do tempo enquanto assiste, primoroso. Comedido e à passos curtos, mas firmes, ZDT é uma obra de encher os olhos, desde seu roteiro à fotografia, sem esquecer o impressionante trabalho da indicada ao Oscar de Melhor Atriz Jessica Chastain, premiação que laureou Jennifer Lawrence pelo seu trabalho em "Silver linings playbook". ZDT é inferior à "The Hurt Locker", mas perceptível a marca e direção de Kathryn.


“E o Oscar para melhor filme vai para...” DARK ZERO THIRTY, ARGO.

A primeira opção com certeza seria minha escolha. A academia não premiou o filme de Bigelow, acredito que ficariam numa posição desconfortável, o mesmo prêmio duas vezes à mesma pessoa e a uma mulher. Preferiram Ben Afleck, novato (comparado aos grandes diretores) e queridinho.

Natan Cabral

domingo, 6 de janeiro de 2013

OS MELHORES VIDEOCLIPES DE 2012


O ano acaba e novamente as listas se multiplicam, os melhores álbuns, tours, singles, etc. Como de costume fiz também minha lista, videoclipes, e enumerei meus cinco melhores do ano passado.

5 - JACK WHITE - FREEDOM AT 21
Com um dos melhores álbuns lançados este ano (Blunderbuss) Jack White lança logo em seguida FREEDOM AT 21, mostrando que nada está perdido. O clipe tem uma visual lindo, ágil, visão cinematográfica e traz referências de hqs (lembrando em alguns momentos a cinematografia de SIN CITY). Chega em quinto lugar este ano e mostra o talento musical deste artista que ainda faz coisa boa, e muito boa.




4 - FUN. - SOME NIGHTS INTRO
Some nights intro é a música que abre o álbum dessa banda que foi a revelação de 2012 e que tem o melhor álbum do ano. A música desconstruída e um clipe fantástico. Direção perfeita e um estilo de clipe que não lembro de ter visto, vale muito a pena conferir este que vai ficar guardado na minha memória e fez parte de 2012.



3 - FLORENCE + THE MACHINE - NEVER LET ME GO
A banda que teve o melhor videoclipe de 2011 com No Light, No Light, volta à lista de melhores com o sombrio e belíssimo Never Let Me Go. Um clipe com uma fotografia linda e a interpretação de Florence Welch. Muito bem feito e fica entre os melhores do ano.



2 - LANA DEL REY - RIDE
Lana Del Rey lança este ano (quase o melhor) Ride. Muito bem dirigido por Anthony Mandly (que dirigiu clipes de Rihanna, inclusive o mais novo, Diamonds, Nelly Furtado, 50 cent, Beyoncé, Drake e Fun.), com fotografia bem intencionada, imagens belíssimas e Lana cavalgando para o top 5 de 2012. Musicalidade a parte, é uma obra de arte.



1 - FUN. - SOME NIGHTS
Novamente Fun. está na lista e agora no topo. Some Nights (dessa vez a música em si) tem o melhor clipe de 2012, o clipe mais bem produzido, um prelúdio bem amarrado, efeitos visuais, figurino, elenco, direção de Anthony Mandly, que dirigiu também o segundo posto de Lana), fotografia, todos impecáveis. Enche os olhos do espectador a história traçada em Some Nights e a força da música. O MELHOR.


NATAN CABRAL

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