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quarta-feira, 31 de março de 2010

SE


Se você me magoou, desculpa... Mas não pelo que fez, mas pelo que lhe permiti fazer. Porque a vida é feita de oportunidades e talvez essa tal oportunidade lhe impeça de ser alguém MELHOR. Esse MELHOR não me interessa mais, até porque eu na verdade não sou assim, não tenho mais essa pretensão que aprisiona ou escraviza. Essas condições apenas mascaram verdades, aprisionam, até porque pessoalmente ando tendo a experiência de ver realmente quem (realmente) está aprisionado... entre quatro paredes ou no perdido do vento. Sobra só o "ser" e o ser é o que se "é". Complicado né? Novamente. Como não teria que ser?
As pessoas de mesma idade talvez entendam, da perda da esperança no outro, na total confiança de "si", como diria meu conterrâneo: "Você disse que não sabe SE não, mas também não tem certeza de SE..." (Djavan)

Eu prefiro ser EU.

I
Não sou escravo de ninguém
Ninguém, senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E, por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.
Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais.
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.
,,,
III
É a verdade o que assombra
O descaso que condena,
A estupidez, o que destrói
Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.
Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos.
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.
Não me entrego sem lutar
Tenho, ainda, coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.
(Metal contra as Nuvens, de Dado Villa-Lobos, Renato Russo e Marcelo Bonfá)
...to be continued

Natan Cabral

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