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Um dos melhores trabalhos de 2013, Vazio Tropical é cheio de beleza.

20 ANOS DE DESCOBRIMENTO DO BRASIL

20 anos de um dos melhores álbuns da banda e de um Brasil cheio de inPERFEIÇÕES.

Sinta-se sem GRAVIDADE

Um filme excelente, uma declaração de amor à Terra em imagens impressionantes.

TRIBUTO A AGENOR

Grandes nomes da música brasileira atual se unem para homenagear o grande CAZUZA!

I LUV MÚSICA ELETRÔNICA

Daft Punk lança seu RANDOM ACCESS MEMORIES e declara amor pela música eletrônica.

Tem AIR em MARS.

A jornada colorida e pop do THIRTY SECONDS TO MARS.

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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O DESCOBRIMENTO DO BRASIL


Há exatamente 20 anos, a Legião Urbana lança seu sexto álbum intitulado O DESCOBRIMENTO DO BRASIL. O dia 20 de dezembro de 1993 seria marcado para mim como o lançamento de um dos melhores trabalhos já realizado no rock nacional. Renato Russo e seus parceiros de banda trabalharam muito pra lançar este disco. Uma produção bem feita, letras complexas como só ele sabe fazer e eu adoro, contradições como em "Perfeição" e a composição que segundo ele, sua obra prima, "Giz". A imprensa criticou e não foi muito bem visto, levando a declarações clássicas e abusadas do compositor, mas a importância do álbum conseguiu superar as críticas.


Quando lembro de O Descobrimento do Brasil, já passados 20 anos, além de músicas lindas como "Vinte e Nove", "Love in the afternoon" e "Giz", destaco "PERFEIÇÃO". Esta canção é um paradoxo, uma trave no nosso olho, uma pedra no sapato. Perfeição exprime toda a revolta com um país que parecia não dar certo, com seus problemas, não só políticos, mas problemas do dia a dia em que eu e você também construímos para um Brasil mais desigual.

Russo descobriu um Brasil real, crú, feio e intolerante. Infelizmente se Renato Russo estivesse vivo hoje em dia encontraria o mesmo Brasil.

Pra celebrar, só me resta cantar, Perfeição.

Natan Cabral



Perfeição
Legião Urbana
Vamos celebrar
A estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja
De assassinos covardes
Estupradores e ladrões
Vamos celebrar
A estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso estado que não é nação
Celebrar a juventude sem escolas
As crianças mortas
Celebrar nossa desunião
Vamos celebrar Eros e Thanatos
Persephone e Hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade
Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta de hospitais
Vamos celebrar nossa justiça
A ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos
O voto dos analfabetos
Comemorar a água podre
E todos os impostos
Queimadas, mentiras
E sequestros
Nosso castelo
De cartas marcadas
O trabalho escravo
Nosso pequeno universo
Toda a hipocrisia
E toda a afetação
Todo roubo e toda indiferença
Vamos celebrar epidemias
É a festa da torcida campeã
Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir
Não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar o coração
Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado
De absurdos gloriosos
Tudo que é gratuito e feio
Tudo o que é normal
Vamos cantar juntos
O hino nacional
A lágrima é verdadeira
Vamos celebrar nossa saudade
E comemorar a nossa solidão
Vamos festejar a inveja
A intolerância
A incompreensão
Vamos festejar a violência
E esquecer a nossa gente
Que trabalhou honestamente
A vida inteira
E agora não tem mais
Direito a nada
Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta de bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror
De tudo isto
Com festa, velório e caixão
Tá tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou
Essa canção
Venha!
Meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão
Venha!
O amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça
Venha!
Que o que vem é Perfeição!

quarta-feira, 31 de março de 2010

SE


Se você me magoou, desculpa... Mas não pelo que fez, mas pelo que lhe permiti fazer. Porque a vida é feita de oportunidades e talvez essa tal oportunidade lhe impeça de ser alguém MELHOR. Esse MELHOR não me interessa mais, até porque eu na verdade não sou assim, não tenho mais essa pretensão que aprisiona ou escraviza. Essas condições apenas mascaram verdades, aprisionam, até porque pessoalmente ando tendo a experiência de ver realmente quem (realmente) está aprisionado... entre quatro paredes ou no perdido do vento. Sobra só o "ser" e o ser é o que se "é". Complicado né? Novamente. Como não teria que ser?
As pessoas de mesma idade talvez entendam, da perda da esperança no outro, na total confiança de "si", como diria meu conterrâneo: "Você disse que não sabe SE não, mas também não tem certeza de SE..." (Djavan)

Eu prefiro ser EU.

I
Não sou escravo de ninguém
Ninguém, senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E, por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.
Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais.
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.
,,,
III
É a verdade o que assombra
O descaso que condena,
A estupidez, o que destrói
Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.
Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos.
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.
Não me entrego sem lutar
Tenho, ainda, coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.
(Metal contra as Nuvens, de Dado Villa-Lobos, Renato Russo e Marcelo Bonfá)
...to be continued

Natan Cabral

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