Assisti esse final de semana o filme GRAVIDADE, com Sandra Bullock e George Clooney. Que experiência interessante, diferente, emocionante e curiosa. O filme é espetacular e tem uma direção impecável, feito do veterano diretor mexicano Alfonso Cuarón, que já trabalhou em filmes como "O Labirinto do Fauno" e "Harry Potter".
O longa enfatiza a (falta da) gravidade e toda a beleza do espaço e da Terra vista pelos olhos do diretor e que podem se tornar aterrorizante quando algo dá errado. A ausência de oxigênio, a oscilação de temperaturas extremas, o medo do vazio, tudo prendendo os personagens e o telespectador.
Gravidade ainda nos traz metáforas, como no início, onde os personagens Dra. Ryan Stone e o astronauta Matt Kowalsky tentam consertar o telescópio Hubble para ampliar sua visão. A perda da Dra. Ryan e suas questões sobre a vida. Os cordões umbilicais que nos prendem e sustentam nossas convicções. Tudo muito bem entrelaçado. Detalhe para o renascimento de Stone e sua posição fetal, uma poesia para os olhos.
O 3D é impecável e nos mostra o que esta tecnologia é capaz de fazer mesmo com um roteiro não muito elaborado e sem exageros como os filmes do gênero, mas bem feito. As cenas são incríveis e não seria possível sem os efeitos especiais que tiveram produção superior a 100 milhões de dólares. O filme chega a ser tão tenso que você sente a ausência de trilha sonora, mas o mais importante é que ela está lá, sendo coadjuvante nas cenas mais tensas. Destaque para o personagem de George Clooney, que dá um certo ar de alívio e humor nessa tensão toda, bem importante no filme.
Confira o trailer que vi a meses atrás e me enlouqueceu.
Confira o trailer que vi a meses atrás e me enlouqueceu.
Um belíssimo trabalho, uma declaração de amor à Terra e a percepção da nossa fragilidade diante da imensidão do cosmo.