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terça-feira, 1 de março de 2011

O previsível Oscar 2011


O Oscar 2011 aconteceu no último domingo e ao que se esperava preferiu não criar polêmicas. Apostou no que o público estava torcendo e esqueceu do que realmente se trata a premiação, do melhor. O Oscar foi um dos mais previsíveis e mornos dos últimos anos, a não ser pelo fato do casal de cerimônia, Anne Hathaway e James Franco, que duramente criticado pela imprensa me agradou um pouco, não tanto quanto Billy Cristal (que até fez um ponta na cerimônia) mas mostraram a que viam.
Natalie Portman e Colin Firth ganharam o já esperado oscar de melhor atriz e melhor ator. Eu até esperava uma reviravolta e Annette Bening vencer, mas esse realmente foi o ano de Portman e era quase impossível ela não levar a estatueta. Destaque para a atriz de Inverno da Alma, Jennifer Lawrence de 20 anos que brilha num filme cinza e de pouco orçamento. Firth, já esperado, ganha o oscar e só reafirma seu talento num filme teatral conduzido por ele e Geoffrey Rush. Ator e atriz coadjuvantes foram para Christian Bale e Melissa Leo, ambos de O Vencender, que não foi tão preferido na noite.


Toy Story 3 leva melhor canção e melhor animação, também já esperados já que a academia tem uma tendência a premiar canção de animação e como Toy Story 3 estava indicado a melhor filme, era já certo vencer "Como domar seu Dragão" e o inocente "O Mágico".
Não foi desta vez que uma co-produção brasileira vence o oscar, o documentário "Inside Job" vence "Lixo Extraordinário" e leva o oscar na categoria. O artísta plástico Vik Muniz em seu microblog desabafa: "Fizemos um filme sobre como transformar lixo em dinheiro, mas deram o oscar para um dilme sobre como transformar dinheiro em lixo". Se referindo a "Inside Job".



A Origem vence (os prêmios já esperado) melhor edição de som, mixagem de som e efeitos especiais. Não entendi até agora porque ganhou o oscar de melhor fotografia, uma grande injustiça com "O Discurso do Rei" que tem realmente a melhor fotografia dos indicados, esse episódio vou passar uma borracha na memória.
Maior injustiça mesmo foi com David Fincher que criou uma obra urgente e relevante. Preferiram a menos arriscada e teatral de Tom Hooper (O Discurso do Rei).


Steven Spilberg entra no palco para a entrega da estatueta da noite para melhor filme e nos faz lembrar mais um erro da academia quando em 1999 virou as costas para o seu "O Resgate do Soldado Ryan" premiando o inferior britânico "Shakespeare Apaixonado". Foi o que aconteceu no último domingo. "A Rede Social" do favorito David Fincher perde para o britânico "O Discurso do Rei", que não deixa de ser um bom filme, mas inferior a aventura sócio-moderna de Fincher, já prevista ao lembrar que o perdedor seria lembrado como os “Cidadão Kane” e “Touro Indomável” (que foram batidos respectivamente por “Como Era Verde Meu Vale” e “Gente como a Gente”, dois filmes menores).
Pior mesmo foi para os que voltaram com as mãos abanando para casa como "127 horas", "Bravura Indómita" e "Inverno da Alma", filmes relevantes e que só serviram para adorno.

Veja a lista completa dos vencedores do Oscar 2011:

- Melhor fime: "O Discurso do Rei"
- Melhor diretor: Tom Hooper, por "O Discurso do Rei"
- Melhor ator: Colin Firth, por "O Discurso do Rei"
- Melhor atriz: Natalie Portman, por "Cisne Negro"
- Melhor ator coadjuvante: Christian Bale, por "O Lutador"
- Melhor atriz coadjuvante: Melissa Leo, por "O Lutador"
- Melhor roteiro original: "O Discurso do Rei"
- Melhor roteiro adaptado: "A Rede Social"
- Melhor filme estrangeiro: "Em Um Mundo Melhor", Dinamarca
- Melhor trilha sonora: "A Rede Social"
- Melhor canção original: "Toy Story 3", com "We Belong Together"
- Melhor fotografia: "A Origem"
- Melhor montagem: "A Rede Social"
- Melhor direção de arte: "Alice no País das Maravilhas"
- Melhor figurino: "Alice no País das Maravilhas"
- Melhores efeitos especiais: "A Origem"
- Melhor animação em longa-metragem: "Toy Story 3"
- Melhor animação em curta-metragem: "The Lost Thing"
- Melhor mixagem de som: "A Origem"
- Melhor edição de som: "A Origem"
- Melhor maquiagem: "O Lobisomem"
- Melhor curta-metragem: "God of Love"
- Melhor documentário em curta-metragem: "Strangers No More"
- Melhor documentário: "Trabalho Interno"

Morno
Natan Cabral

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