Daqui pro final do ano sei que vou assistir muita coisa. Ainda bem, em maio foi lançado em Cannes o novo filme de Lars Von Trier, ANTI CRISTO, auto-intitulado "o melhor diretor do mundo". Como de costume, polêmico, acontece com filme de Von Trier, a platéia ficou estarrecida, dividida, abalada. Uma mistura de risos, vaias e aplausos. Parece que dessa vez a polêmica foi maior que Dogville e Dançando no Escuro (vencedor do festival em 1999) juntos, filmes anteriores do diretor dinamarquês.
Brutal, realista e torturante, a película conta a história de um casal, interpretado por Willem Dafoe e Charlotte Gainsbourg, que se refugia numa floresta isolada após a morte de seu filho. Lá fora, na vastidão da natureza, algo maligno - vegetal, animal e, mais do que tudo, humano - vai se apoderando de suas mentes. Detalhe para cena em que se há uma mutilação genital. Platéia estarrecida.
Falou-se em violência barata, desnecessária, terapia polêmica e opniões divididas. "Eu trabalho para mim mesmo, não fiz este pequeno filme para você ou para o público, por isso não acho que deva explicar nada a ninguém", disse Lars, e soltou vários outras frases pra imprensa. "Eu não tive escolha. É a mão de Deus, acredito. E eu sou o melhor diretor de cinema do mundo", despindo-se de modéstia.
Vamos esperar como o grande público aceita o filme.
Veja o trailer de 'Anticristo'
Abração (ansioso)
Natan Cabral
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