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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Refrão de um bolero


Eu que falei nem pensar
agora me arrependo roendo as unhas
frágeis testemunhas de um crime sem perdão

Mas eu falei sem pensar
coração na mão como um refrão de um bolero
eu fui sincero como não se pode ser.

E um erro assim tão vulgar
nos persegue a noite inteira e quando acaba a bebedeira
ele consegue nos achar

Num bar... com um vinho barato e um cigarro no cinzeiro
e uma cara embriagada no espelho do banheiro.

Teus lábios são labirintos
que atraem meus instintos mais sacanas
teu olhar sempre distante sempre me...
Eu entro sempre na tua dança de cigana.

É o fim do mundo todo dia da semana.

Humberto Guessinger

Saudosista
Natan Cabral

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