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segunda-feira, 18 de abril de 2011

O Livro dos Espíritos


Hoje a comunidade Kardecista comemora os 157 anos de publicação da primeira edição do Livro dos Espíritos.
O Livro dos Espíritos surgiu na França, em meio a manifestações mediúnicas, mesas redondas que na época rodavam, trepidavam, batiam e médiuns que escreviam mensagens nos salões europeus. Toda a Europa estava voltada em torno de uma mesa que girava, afirmou o jornal L'Illustration do dia 14 de maio de 1853. Foi em 1855 que o francês Hippolyte Léon Denizard Rivail professor de 50 anos, ficou intrigado com tudo aquilo e o teor que os fenômenos contiam, durante meses ficou a pesquisar tais fenômenos. Depois de 11 meses uma mensagem numa noite o perturbou, um espírito teria o escolhido para reunir e publicar os ensinamentos contido nas reuniões, ele naturalmente não acreditou e perguntou novamente. “Confirmo o que foi dito, mas recomendo discrição, se quiser se sair bem. Tomará mais tarde conhecimento de coisas que agora o surpreendem”, foi a mensagem que ele recebeu como resposta.

Julie, uma moça de 14 anos, e sua irmã Caroline, de 16, psicografaram quase todas as questões do Livro dos Espíritos. Diante delas, Rivail fazia perguntas que nós, mortais, sempre quisemos fazer a quem passa pela morte e volta para contar. A 4ª pergunta do Livro dos Espíritos, por exemplo, é “Poderíamos dizer que Deus é infinito?” E a resposta: “Definição incompleta. Pobreza da linguagem dos homens, insuficiente para definir coisas acima de sua inteligência”. São ao todo 1019 perguntas que desvendam o mundo terrestre e espiritual.

Na fase de revisão, a médium que mais contribuiu foi Ruth Japhet, uma médium sonâmbula que tinha mais de 50 cadernos com mensagens que psicografava à noite. Tais revisões eram feitas com a ajuda de quantos mendiuns fossem possíveis para assegurar a veracidade de tais questionamentos.

Quando o estudo foi encerrado surgiu uma nova questão, qual o título da obra e quem assinaria? Como não era autor, deu o nome óbvio, O Livro dos Espíritos e em consulta aos próprios foi-lhe sugerido assinar Alan Kardec. Em 18 de abril de 1857, é publicado a primeira edição da obra básica do Espiritismo e com isso o pai de toda uma filosofia, Kardec.

Natan Cabral

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