Antes de qualquer colocação, quero deixar claro que a opinião de cada um é válida e tem que ser respeitada, mas a nossa liberdade acaba quando a do outro começa. Tal idéia me foi lembrada com todo um episódio ocorrido no Rock In Rio. A cantora Claudia Leitte foi convidada para cantar no palco principal do Rock in Rio numa noite considerada Pop, onde dividiu o palco com Katy Perry, Rihanna e Elton John. Entende-se que alguém que não gosta de tais ritmos não iria para esta noite. Foi a cantora bahiana subir no palco e incomodar a muita gente, por preconceito e por intolerância, e sem esquecer que estamos falando em um festival de música. Em qualquer lugar do mundo os festivais tem este formato. Choveram críticas, vaias e pessoas que criticaram a artista por estar em tal posição. Normal é não gostar de axé, anormal é você não ter ido no dia "pop" e se incomodar porque a cantora cantou essa ou outra música. Vemos sempre artistas renomados fazerem parcerias, gravarem juntos e este ano até o internacionalmente respeitado e conhecido Tony Bennet gravou um disco de duetos, inclusive com Lady Gaga, estilos totalmente diferentes.
A poeira levantou mais ainda quando Claudia publicou em seu blog sua resposta às pessoas que a criticaram e erroneamente interpretada que estava comparando os "roqueiros" à Hitler. As vezes eu me surpreendo com os títulos dos blogs, inclusive de meios de comunicações renomados (há de se convir que um título polêmico gera trânsito para aquele site, blog ou portal).
Não vim aqui para levantar bandeira à favor da Claudia Leitte, e poderia muito bem fazê-lo porque respeito ela muito como artista, mas o assunto é mais polêmico e preocupante. A raiva com que algumas pessoas se empenham em atingir outra ou tal estilo musical esbraveganto toda sua revolta oriunda da falta da capacidade de aceitação e tolerância do diferente ou até mesmo do comum, se lembrarmos que os estilos musicais que tocam mais em nosso país são os ditos populares, mesmo também não sendo obrigados a gostar. Muitas delas não tem mais opiniões, elas são a própria verdade e agridem os outros com essa sua verdade absoluta, tal qual aconteceu com as pessoas que vaiaram este ou outro artista em sua apresentação. Vivemos em um país livre e (tecnicamente) temos o direito de gostar e ir a qualquer lugar que nos convém. Com o advento da tecnologia temos o poder do controle remoto, do click no mouse, de mudar a estação de radio para aquilo que não nos agrada, dos mp3 players e algumas pessoas não se tocam do poder que tem e acham que suas opiniões tem que ser louvadas como tal. É incompreensível pessoas se incomodarem com outros ritmos que não o rock n' roll num evento como o Rock in Rio, é intolerável pessoas "donas da verdade" criticar de forma veemente ritmos ou cantores que não lhe agradam, é um pouco de burrice você se empenhar em falar mau daquilo que não faz o seu gênero pelo simples fato de existir, tais sentimentos incomodam e por muitas vezes causam raiva, ira e são coisas que a humanidade não precisa, visto os grandes desastres e guerras ocorridos pelo simples fato da falta de tolerância.
Esta semana eu tive saudades da geração Coca-cola, da geração cara pintada, dos incompreendidos D2's do 'planeta' hemp e até das que não vivi como a geração hippie, onde os jovens tinham pouco de alienação e mais consciência em seus discursos.
Pra celebrar a tolerância deixo um vídeo de uma música do Roberto Carlos, gravado no Estúdio Coca Cola pelo Babado Novo e Cpm 22, mistura total.
Natan Cabral
1 comentários:
Muito bom o post!
No meio dessa polêmica, queria eu que esse vídeo pudesse ser visto por cada um que tentasse comentar sobre o assunto.
Pois ele mostra o quanto a música é universal!
E quanto ingnorantes somos sempre, quando tentamos condenar alguém!
Parabéns!
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