A literatura do cordel é uma prática originada na Europa, mais especificamente no sul da França onde os Peregrinos se encontravam e escreviam seus contos e poemas de forma primitiva. O nome "cordel" originou-se em Portugal, devido a forma em que eram expostos, em cordas como fossem roupas num varal. No Brasil, com o atraso da chegada da imprensa, o cordel surgiu em meio a cultura popular na forma de poemas e contos populares e a prosa passando durante os anos de forma oral. Tal manifestação ganhou força na região nordestina e ainda hoje existem artistas que produzem seus próprios cordéis.
Na última segunda-feira (11), estreou na Rede Globo a novela CORDEL ENCANTADO, de Duca Rachid e Thelma Guedes (de Cama de Gato). Logo no primeiro capítulo vemos uma trama muito bem resolvida, agora uma nova roupagem na linha da teledramaturgia brasileira com linguagem cinematográfica. Filmado em Sergipe e na França, deslumbra os olhos do telespectador com imagens lindas e sequências super interessantes. Soberbas! Uma iluminação perfeita, uma riqueza de detalhes, belezas ainda não exploradas na televisão e um elenco muito bem selecionado, o novo folhetim dá ares de que vai encantar o grande público.
O primeiro capítulo foi ágil, moderno, sem perder as características de cada personagem. Mesmo com estreia marcando pontos menor que as anteriores, 24 de audiência, Cordel Encantado mostra com dignidade uma trama bem feita, direção bem resolvida e atores que já mostram integração nas primeiras cenas. Não esquecendo da produção de arte que está excepcional nos detalhes. Atuação marcante para Matheus Naschtergaele que dá vida a um profeta meio louco do sertão brasileiro e do núcleo da realeza.
Uma nova opção no marasmo televisivo.
Natan Cabral
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