Senhores juízes sou um poeta,
um multipétalo, um uivo, um defeito
e ando com uma camisa de vento
ao contrário do esqueleto.
Sou um instantâneo das coisas
apanhadas em delito de paixão,
a raiz quadrada da flor
que espalmais em apertos de mão.
Sou uma imprudência, a mesa posta,
de um verso onde o possa escrever.
Ó subalimentados do sonho!
a poesia é para comer.
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